sábado, 11 de agosto de 2012

Sólida Embriaguez


O tempo é a mãe
De todas as verdades
Pais das incertezas e
Dono do saber.

O tempo é sujo,negro...
Claro, esclarecedor...
O óbito da vida,
O dono da dor.

O desabrochar desgraçado, esculpido em carrara,
Imundo, desprezível... Estorvo.
Tempo...
Tempo...

O dono de tudo para,
Apalpa sua face,
Contempla seu esplendor,
Traz sofrimento,dor e amor...

Amor!
Que seja o amor!
Capaz de tudo.
Capaz de transpor o tempo e a dor.

O ósculo da noite
Traz a brisa do verão.
O dono do amor,
Afaga,lentamente,seu coração.

Tempo,
Desprezível tempo.
Dono de nada,
Causador da insalubre noite de verão.

Traz a verdade aos mais céticos,
Agora, desarmados e amigos do tempo que,
Diante do amor, nada é.
Nada foi... Tudo será.

Traz as verdades,
As decepções,
As glórias
Os gritos,sussurros,transposições...

Tira a inocência concebida
Por uma entidade divina
Que com amor e carinho,
Fez seu tempo começar.

Que não a culpem de nada,
É apenas uma vítima,
Triste pelo feito,
Mas de esperança ávida.

Tempo de verdades.
Tempo de amores.
Tempo de vidas.
Tempo...

Tempo dono das guerras,
Do triste saber,
Dono de si,de nós...
Tempo,dono da embriaguez.

E se tempo terreno não me restar,
Dei-me de beber.
Pois,das verdades da vida,
Quero a sobriedade eterna do amor.

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