terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Uma pitada de consciência

Estupidez!
Pura estupidez e uma grande pitada de hipocrisia, diria que quase uma colherada.
Bem, o corpo é de cada um e cada pessoa sabe o que faz, ou pelo menos imagina o que deve fazer.
Mas sinto que ás vezes, algumas pessoas não percebem que embora seu corpo lhe pertença, os sentimentos de outras pessoas não. E em meio a essa epifania "barata" (Barata afinal sequer devia ser uma epifania, talvez devesse ser algo obvio, presente no espectro consciente de cada um, entretanto vejo que algumas vezes fica escondido bem no fundo do cérebro, quiça atrás até mesmo do subconsciente) vejo como algumas pessoas podem ser feridas seriamente em seu âmago, tudo consequência de uma atitude irresponsável, tudo consequência de alguém que resolveu abandonar a consciência por um tempo, ou talvez por simples imaturidade.
Tchau, moralidade!
Tchau!
E a moral escorre pelas mãos, pelas veias, pelos olhos, pela boca!
Maldita boca!
Pela maldita boca que vejo tudo começar.
Um, dois, três copos sobre a mesa e a moral começa a esvair-se.
Vejo que as pessoas começam a ignorar alguns aspectos de sua identidade; sua integridade PUFT! desaparece.
E eu continuo sem entender o que leva alguém a apagar e agir como se o cérebro estivesse derretendo.
E depois, de tantas idiotices, tanta falta de moral vem o que parece ser a pior ressaca de todas: a moral.
-Oh, mas que clichê! -

Pois é, o que se mostra um enorme clichê parece nem passar pela cabeça de alguém que está ainda colocando o primeiro copo vazio sobre a mesa ainda limpa.
A mesa começa a ficar suja e a boca do responsável também, assim como algumas de suas atitudes ilógicas e inconsequentes. Então é aí que se vê a importância de lembrar que apesar do corpo ser de cada um, os sentimentos dos outros pertencem a eles, e só eles os sentem de maneira única e inexplicavelmente intensa. Ou seja, o cérebro moralmente derretido, começa a magoar alguém que sequer olhou para o copo.
E como é injusto!
Falsa diversão em detrimento do sentimentos de alguém que só vai sair magoado, triste e confuso.
E as lágrimas que correm, correm de ambos os lados;
E a vergonha que se sente, é sentida em ambos os lados;
E a dor que se sente, é sentida em ambos os lados, mas convenhamos, um lado sofre por mais tempo que outro, afinal, um dos lados estava se divertindo da maneira mais falsa e mais irresponsável e injusta possível.

Assim, não consigo compreender o que leva alguém a querer derreter a moral de tal forma;
Não consigo compreender o que leva alguém a magoar tão intensamente outra pessoa, que pode ser uma pessoa amada...
Não consigo compreender o motivo de perder os sentidos;
Não consigo compreender o motivo de colocar um quarto copo sobre a mesa e deixa-la ainda mais imunda,
assim como, ás vezes a própria moral.

Talvez uma pitada de epifania;
Talvez, uma colherada de hipocrisia;

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Desejo. Necessidade.


Com um sopro da noite,
Com um grito de morte,
Com um gemido de dor...

A depressão prevalece no altar,
Acarinhada por anjos...
Belos anjos negros...

Como um deus,
Como uma flor que sangra,
Como uma sombra do abismo,
A depressão sorri.

Venha,depressão! Venha ter comigo!
Quero a dor, seu ódio,
Sua tristeza, seu fado,
Sua desgraça...

Não há motivo,
Muito menos razão.
Sei que a dor me vem...
Vem de bom grado!
Tome minha dor,
Minha alma,
Minhas lágrimas e meu pudor.

Quero a desgraça.
Um desejo em vão.
Sei bem que não importa o clamor,
Prece ou oração.

Quero agora padecer...
Padecer!
Quero padecer!
Padecer!
Padecer em um inverno que antecede outro inverno.
Um mundo sem verão.

Toda essa dor,
Desejo estupefato,
Carrasco, desgraçado...
Que não seja renegado,
Quero a dor...
A dor!

Não há ser que não venere,
Que faça, ao menos, uma prece.
Ser humano desgraçado...

Necessito!
Assim como toda alma,
Toda alma suja, imunda.
De uma leve represália.

Quero agora a alma fragmentada,
Imunda,seja... Preenchida de escuridão.

Quero a alma..
Sem corpo, cérebro ou coração!

Que essa inspiração transmita tudo,
Ou, que seja!
Que se faça entender, ao menos,
Uma pequena secção.

Não aguento!
Não aguento outra parcela
Dessa divida com o demônio
Que padece na escuridão.

Todo ser quer a dor,
A melancolia,
A depressão...
Tem pressa em afagar a dor...

 Irracional... Bem sei.
Curar dor com dor
É irracional mas é
O caminho menos sinuoso.

Versos! Versos! Versos!
Versos,versos,versos...
Versos repletos de dor.

Um estranho masoquismo,
Um estranho amor...
A dor!
A depressão...

Vem depressão!
Ver ter comigo!
Vem e afaga minha dor,
Destrói o meu pudor...
Deixe-me em depressão.

Antes que um sorriso afague o que sinto,
Fecho meu coração.
Não quero escrever,
Não quero perder a inspiração.

Quero só a dor,
Que todos amam,
Mas escondem,
Guardando para si,
A última dose do pedaço podre da alma.




sábado, 11 de agosto de 2012

Sólida Embriaguez


O tempo é a mãe
De todas as verdades
Pais das incertezas e
Dono do saber.

O tempo é sujo,negro...
Claro, esclarecedor...
O óbito da vida,
O dono da dor.

O desabrochar desgraçado, esculpido em carrara,
Imundo, desprezível... Estorvo.
Tempo...
Tempo...

O dono de tudo para,
Apalpa sua face,
Contempla seu esplendor,
Traz sofrimento,dor e amor...

Amor!
Que seja o amor!
Capaz de tudo.
Capaz de transpor o tempo e a dor.

O ósculo da noite
Traz a brisa do verão.
O dono do amor,
Afaga,lentamente,seu coração.

Tempo,
Desprezível tempo.
Dono de nada,
Causador da insalubre noite de verão.

Traz a verdade aos mais céticos,
Agora, desarmados e amigos do tempo que,
Diante do amor, nada é.
Nada foi... Tudo será.

Traz as verdades,
As decepções,
As glórias
Os gritos,sussurros,transposições...

Tira a inocência concebida
Por uma entidade divina
Que com amor e carinho,
Fez seu tempo começar.

Que não a culpem de nada,
É apenas uma vítima,
Triste pelo feito,
Mas de esperança ávida.

Tempo de verdades.
Tempo de amores.
Tempo de vidas.
Tempo...

Tempo dono das guerras,
Do triste saber,
Dono de si,de nós...
Tempo,dono da embriaguez.

E se tempo terreno não me restar,
Dei-me de beber.
Pois,das verdades da vida,
Quero a sobriedade eterna do amor.

sábado, 10 de março de 2012

Silêncio


Quando a música acabar,
Que se apaguem as luzes.

Quando a música acaba,
Tudo se acaba,
Tudo se vai,
Tudo se foi.

A música é composta por sentimentos,
Sentimentos extremos,
Sentimentos puros,
Sentimentos...

Que seja louvada a boa música!
A música de verdade,
A música composta por amor...
Indescritível amor...

O silêncio traz o fim,
Traz as trevas,
Traz as lágrimas,
Traz o medo...

Porque tentar ouvir algo que já se foi?
Ou algo que sequer “foi” ?
Pense que,ao menos um dia,
Por mais longínquo,existiu.

Se a música acabou,apaguem-se as luzes!
Porque sofrer mais?
Porque cercear mais o coração?
Coração mutilado...

Chegou a hora de apagar as luzes,
É hora de refletir...
Refletir sobre uma música
Que não tinha amor de verdade.

Vocês compuseram-na,mas não havia amor...
Amor...
Quando há amor,a música não acaba.
Quando há amor,não se quer que a música acabe.

Como é horrível,
Como dói ver uma música se acabar.
Música essa que soou perto,
Música essa que vi nascer...

Mas agora,digo:
Que se apaguem as luzes!
Vocês não precisam se destruir mais.
A música acabou.

Antes que o dom de compor se vá,
Dêem um basta...
Já!
É o melhor a se fazer.  

Quem sabe,no futuro,
Outra música possa nascer.
Mas que dessa vez seja verdadeira,
Você não têm culpa,a música engana as vezes...

Mas agora,
Que se apaguem as luzes!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Protestos

Sangue,
Lágrimas,
Injustiça,
Corrupção.

Uma porção de fatos,
Um apunhalado de injustiça,
Um sentimento de revolta.
Revolta Quieta.
A revolta se esconde por  trás,
Por trás de um bando,
Um bando ridículo,
Um bando de inconformados conformados.

Protestos!
Oh!
Protestos!
Quantos protestos...

Falsos protestos,
Indignos protestos,
Insignificantes protestos,
Só mais um bando de protestantes que não protestam.

Bom era o tempo dos Caras Pintadas,
Pintadas de indignação,
Faces que não aceitavam,
Não aceitavam o implausível.
Respostas!
Ações!
Queriam naquele momento,
Sem mais discussões.

Enquanto isso,hoje protestam...
Sussurram...
Comentam...
Não há mais luta.

Protestos ridículos,insuficientes.
Deem a cara pra bater!
Quem sabe um dia,
Conseguiremos vencer...

E que não me chamem de hipócrita!!!
Sei bem,sou mais um silencioso,
Sou mais um medroso, ridículo que não vai às ruas,
Protestos sorrateiros,de boca em boca e na internet.

Hoje não protesto como exijo ,como tem que ser.
Protesto da maneira que mais desprezo,
Não quero prestigio,nem mérito.

Pode ser que hoje não protesto,
Pode ser que hoje você não proteste,
Pode ser que hoje nada aconteça,
Mas amanhã é outro dia.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O livro de receitas das páginas infinitas.

O homem se encontra feliz,
Não é preciso muito para isso.
Amor,carinho,boa música e uma bela paisagem,
Felicidade...

O homem jamais saberá qual é a composição,
Composição divina essa,
Composição indecifrável essa!
A composição da felicidade...

Mas,no fim,isso não importa,
Afinal,não há receita para a felicidade.
A felicidade é composta pela subjetividade.
Pelo subjetivo...

Instável.
Instável é a felicidade.
Instável é o sorriso.
Instável é a reflexão.

Permanente se tornam as lágrimas...
Lágrimas...
Lágrimas...
Lágrimas...

As lágrimas são irreverentes,
Complexas...
A lágrima do homem é a voz da alma.
Alma em evolução,em colisão,em epifania...

EPIFANIA!

Algo tão pequeno pode ser tão satisfatório,
pequeno,grande, supérfluo,caro,requintado,simples...

Simplicidade...
O homem é simples por si só,
Suas preferências não...
Complexo é o medo do homem.

Medo da loucura,
Esse é o medo dos homens...
Mas,isso por si só,
Já é loucura.

Loucura...
Independente de seu estado mental,
O homem nunca está são,
Se encontra em um eterno sanatório.

EPIFANIA!

A loucura difere.
Mas é sempre a mesma loucura.
Loucura é a vida,
Loucura é o amor...

Amor...
Não há nada que seja tão enlouquecedor.
Não há algo tão delicioso.
Não há nada tão doce.

Com o amor o coração é preenchido e a felicidade alcançada.
A mais doce das felicidades,a mais louca loucura da vida.
O sentimento mais puro.
O sentimento que não se explica.

Amor,carinho,paixão,boa música e meu anjo...
Essa é a minha receita para a felicidade,
As receitas mudam conforme a vida passa,
Os conceitos de felicidade mudam...

Meu livro de receitas continua aberto,com espaço de sobra...
Mas um item é fixo,o coração sabe qual é,
Eu sei qual é,
Os verdadeiramente apaixonados também sabem...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Apatia

Sorriso falso,
Alegria Triste,
Paixão odiosa,
Concentração apática.

Apático...
Permaneço apático a tudo
A Pitágoras, Linus Pauling, Torricelli.
Permaneço apático a tudo.

Palavras vazias. É tudo o que ouço
Não consigo captar seu conteúdo
Não quero...preciso!
Preciso mas não quero
Chega!
Pare com tudo,meu cérebro borbulha,
São tantas preocupações com as quais não devo me preocupar

Mas me preocupo
Estresso-me,
E sofro por ser tolo.
Tolo...um tolo apático.
Apático as dores de quem quer sofrer,
De quem faz sofrer.

As lagrimas de sangue escorrem.
Apático a tudo.
Um corpo sem alma,chora.

Eu quero meu amor,quero agora!
Só isso me acalma,só assim,não sou apático
Não há coração apaixonado apático ao amor afinal,
Quero estar com meu amor na cama,chorar
Quero chorar até o amanhecer,o amanhecer...
Quero que o prelúdio não chegue,
Quero ficar o resto da vida ao lado dela
Quero repousar minha cabeça e chorar,chorar...
Até toda essa apatia pela vida se esvair.

Lagrimas..
Quaro que tornem isso no amor mais puro
Quero que seja o mais doce amor,o mais sereno
Quero que ultrapasse os limites da perfeição.
Mas quero continuar apático a sociedade,
Quero me fechar em um mundo perfeito,
Eu,e meu anjo...

E quero que toda essa contradição traduzida como apatia,
Um dia,signifique algo
Para que as lagrimas de sangue,
E Para que o tempo perdido com essa desprezível apatia
Não seja em vão.